Cerca de 200 mulheres privadas de liberdade participaram de atividades lúdicas e culturais, por ocasião do mês da mulher. 

Atividades voltadas ao autocuidado, à cultura e ao empoderamento foram ofertadas às mulheres privadas de liberdade que cumprem pena na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF) com o intuito de incluir as internas nas comemorações pelo Dia Internacional da mulher, celebrado dia 8 de março. Durante todo o dia de ontem (28), as apenadas participaram de ações do projeto “Dia da Mulher – ressignificações constantes”, iniciativa da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF) em parceria com a Secretaria de Segurança Pública e Paz Social (SSP-DF) e Secretaria de Estado de Trabalho Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh).

Cerca de 200 mulheres em privação de liberdade tiveram aulas de pintura, de automaquiagem – com direito à fotografia após o momento dedicado à beleza -, documentário com foco no empoderamento feminino, sessões de massoterapia e Reiki – técnica que, pela imposição das mãos, produz relaxamento e cura-, além de atividades físicas. “Este foi um dia para transpor as grades, pois nosso objetivo foi promover a inclusão destas mulheres e trazer para dentro do sistema políticas sociais de governo que sejam capazes de elevar a autoestima das presas para que sintam-se envolvidas, lembradas e possam ressignificar seus projetos de vida”, explicou a direitora-adjunta da Funap, Rosangêla Santa Rita.

O diretor-executivo da Funap, Nery do Brasil, destacou que a ação representa mais um passo importante da Funap no âmbito da ressocialização das pessoas presas. “Promover projetos que tenham foco nas pessoas, que valorize a todos como seres humanos, é fazer com que o processo de reitegração social avance. Estas meninas daqui a pouco estarão lá fora e é assim que queremos que elas cheguem à sociedade: com dignidade e autoestima”, destacou.  

A subsecretária de Políticas para as Mulheres, Lúcia Bessa, presente no evento, ressaltou a importância da ação, que adentra a realidade do sistema e propõe uma nova perspectiva para as internas. “Nós queremos dar visibilidade a estas mulheres que, apesar da privação da liberdade, também fazem parte da sociedade; elas precisam ser ouvidas, cuidadas e olhadas e nós buscamos promover isso hoje”, frisou a subsecretária.

Com a ajuda das maquiadoras voluntárias que promoviam uma sessão de beleza, as internas resgataram um lado muitas vezes esquecido: o do autocuidado. Para uma das apenadas que passou pelas aulas de automaquiagem, a participação no ação representou uma quebra da monotonia do presídio e um momento de felicidade. “Para nós faz toda a diferença receber este cuidado. Mesmo que pareça pequeno, para nós é muito, levanta nossa autoestima. A gente hoje saiu da rotina e eu me senti muito feliz”, contou a interna.

As aulas de pintura e atividades físicas foram promovidas por instrutores dos programas “Picasso não Pichava” e “Esporte à meia Noite”, da SSP-DF. As sessões de reiki e de beleza ficaram por conta da Sedestmidh. A massoterapia foi realizada por parceiros da Ordem dos Advogados de Brasília (OAB-DF). Todas as pactuações foram feitas pela Funap em prol do evento.

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Isabel Nascimento

Assessoria de Comunicação Social

Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal (Funap-DF)

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